sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Do ouro à prata

As últimas semanas foram recheadas de capturas de boas douradas. Entretanto, com o fim dos dias de calor intenso e as primeiras chuvadas, investimos mais na procura dos robalos. Com esta mudança do "ouro" das douradas pela "prata" dos robalos, não ficamos a perder.
O mar tinha crescido e estava grandote, mas lá convenci o King Petas a acompanhar-me. Começamos por apostar em spots distintos, mas foi quando o João veio para o spot onde eu estava que tirou logo nos primeiros lances um prateadinho. 


Não tardou nada e tinha o segundo aos pés -  Já estava a abusar! Kakaka! Tive então de safar a minha grade, apenas com um robalo, mas avô dos mikis do King!


Coube-lhe o mérito de dar com eles no "meu"spot e de me ter dado a dica da amostra com que tirei o meu...


Os meses da tarolada estão aí, deixe o mar ir a eles!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Não há duas sem três.. e não há três sem quatro!

A semana passou com uma velocidade tal que nem dei fé.. foi sempre a dar seguido nas douradas, intervalei na quinta-feira, mas sexta-feira tinha de voltar ao Spot, desta vez acompanhado com o Zé Pedro, King e Sr.Cruz.

As marés já não corriam tanto o que podiam facilitar a captura das douradas, mas a experiencia diz-me que em S.Jacinto o peixe come com águas bem mexidas.. a fezada era grande por isso encontramo-nos todos de manhã (o Zé estourado, depois de 24h de trabalho) e lá fomos para S.Jacinto... eu ia pela 4ªvez esta semana.

Chegados ao local, canas montadas, bem iscadas e "bota" pro líquido.. sucessivos toques com pequenas choupas e um ou outro bom sargo a deixarem-se capturar. Um pouco mais acima vejo sair as primeiras douradas... nada comparável à intensidade dos dias anteriores, tanto na quantidade de toques como nas ferragens com sucesso... consequentemente havia menos peixe pescado.




Ficamos até o virar da maré e todos ferraram a sua douradinha para além das muitas choupas e sargos. O Zé Pedro teve ferrada uma bela dourada que na recta final soltou-se e pôs-se ao fresco; ao contrario dos outros dias, em que apanhei muito peixe mas também perdi alguns, desta vez todas as douradas ferradas foram rebocadas com sucesso - SACO - e confesso que apesar do menor número, foram sem dúvida os maiores exemplares da semana.

Regressados a S.Jacinto por volta das 16h, sem almoçar e completamente desidratados, tivemos apenas o discernimento para sentar numa esplanada, degustar umas bifanas e moelinhas picantes regadas com meia litrada de outro tipo de douradas!


Foi um belo convívio! É um gosto privar com vocês família Cruz.. que este vício que nos une (e não só) se mantenha por muitos e longos anos.



Abraço!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paraíso

Segui de novo o chamamento
Pelo terceiro dia consecutivo
O que procuro é um momento
Pra combater o síndrome depressivo

A manhã calma augurava
Um resultado final discreto
Mas uma hora bastava
A mudar o que parecia certo

Pescar assim injecta
Nas veias um saudável vício
Não há fadiga que impeça

Voltar ao nosso sitio
Paraíso com a pesca certa
Onde a ausência é um suplicio


Abraço a todos!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O FRUTO PROIBIDO...

Como muitos de vocês, li com grande agrado e satisfação o relato ontem publicado pelo Sérgio, depois da sua incursão a S. Jacinto. Fiquei literalmente com "água na boca"... E dos pensamentos passei às ações, desafiando o autor a mais uma madrugada, para tentarmos nova pescaria farta... Convite aceite, ambos combinámos a hora para o encontro, sabendo que o terceiro elemento habitual nestas andanças - o meu filho José Pedro - não estaria presente, porque tinha pela frente doze horas de trabalho ininterruptas...
Apesar de dois lapsos de memória, um na viagem, e outro relacionado com os iscos, a verdade é que às sete horas já estávamos no molhe Norte de S. Jacinto. A ação de pesca começou a correr bem logo de imediato, com ataques sucessivos, ainda que muitos não concretizados em capturas. Para quem gosta de pescar, sentir o peixe em grande atividade é já uma excelente recompensa!
O pesqueiro escolhido não foi exatamente o mesmo onde o Sérgio tinha pescado no dia anterior. E por uma razão de força maior - o outro estava já ocupado. E bem ocupado, diga-se, porque as capturas de douradas eram frequentes... Pela nossa parte, e apesar de uma desilusão inicial do Sérgio, conseguimos provar que há pedras melhores do que outras, mas que quando o peixe está com vontade de comer, 30 metros para a frente ou para trás, não fazem uma grande, grande diferença.
O que condicionou - e muito -  a jornada de pesca foi a chegada do encarregado de segurança da obra de ampliação do cais, que está em curso. Com bons modos, mas determinado, lembrou-nos que a pesca estava proibida em todo o molhe, devido às obras, e que tínhamos de abandonar o pesqueiro. Quando esta ordem chegou, estávamos no auge da atividade dos peixes e, em particular, das douradas. No entanto, cientes de que a razão estava do lado do funcionário das obras, lá acabámos por abandonar o local, apesar de ainda faltarem quase duas horas para o final da maré (as melhores, normalmente...)
Confirmou-se, assim, que "o fruto proibido é o mais apetecido", mesmo em questões de pesca...
Este abandono precoce provocou-nos algum desalento, mas como em tudo na vida, teve uma grande vantagem - não houve atrasos nos compromissos que tanto eu como o Sérgio tínhamos agendados para a tarde.
E bem vistas as coisas, seis douradas, alguns sargos e ainda mais choupas, foram um bom pecúlio para pouco mais de duas horas de pesca!


E ficou a vontade de repetir uma nova incursão para aquelas bandas, já na companhia do Pedro, e sem desejar "o fruto proibido"!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

S.Jacinto no seu melhor!

Já tinha saudades de pescar em S.Jacinto e como estava sozinho, levantei-me muito cedo e segui o chamamento daquele paraíso! Não tinha nada planeado e só sabia que a maré vaza era por volta das 10h, com cerca de mais uma hora do lado do canal da Barra.

Chego a S.Jacinto às 6h, noite escura com nevoeiro intenso, sem vento e temperatura agradável. Fui comprar isco e fico logo desmotivado.. não havia minhoca do mar nem caranguejo. Compro apenas o que havia: casulo e navalha.

Mochila às costas, cana na mão e toca a apanhar o barco e dar duas de treta com o Albino.. chego ao molhe e faço o primeiro lançamento às 7h.. nunca mais parou o frenezim.. a cada iscada (comecei com o casulo e terminei com a navalha) sentia peixe e por fezes ferrava-os com sucesso.. até às 9h30min pesquei duas boas douradas, um bom sargo e quatro choupas mais pequenas.

Com a maré a vazar, mas mais "cansada", percebo que a chumbada não corria com tanta intensidade e a linha chegava mesmo a ficar laça.. sentia pequenos toques que se traduziam em grandes lutas quando pegava na cana e começava a corricar. Ferrei várias douradas mas no final saquei efectivamente mais quatro (pena alguns rebentas e lutas que ficaram a meio caminho)! Até o virar da maré "facturei" doze peixinhos no total, tendo seis douradas e um sargo pesos acima das 700g cada.

Pesco desde há muito, mas são raros os dias como este.. atrevo-me a dizer que esta é a minha melhor pescaria (não em número mas em tamanho dos exemplares pescados). Apesar das baixas expectativas saio deste dia de pesca satisfeitíssimo.

Cumprimentos.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Robalo anti-depressivo

Pudessem os grão de areia unir-se e formar gente
que vos contasse o sucedido
com pouca luz ainda pela frente
pudesse a água borbulhar-vos ao ouvido
o prazer que um homem sente
neste mundo corrosivo
ao poder lavar a mente
com um robalo anti-depressivo!



domingo, 2 de setembro de 2012

As condições enganam..

Domingo de manhã.. dia ideal para dormir e estar em família. O que fizemos? Os suspeitos do costume rumaram em direcção ao pesqueiro habitual, pescar!

O Zé Pedro estava um pouco limitado no tempo pois estava a sair de 24h de trabalho. Eu, apesar de não madrugar, comecei a pescar sozinho por volta das 9h ainda a maré vazava. Mar calmo, completamente “chão” com uma ou outra onda a trabalhar da maneira como eu gosto.. assim escolho o pesqueiro, não ficando no local habitual, com a convicção que ia dar “TOKOS”.



Temperatura agradável, mar calmo e banhinho salgado tomado até atingir o spot desejado. Saltiga no líquido a trabalhar como nunca e ao terceiro lançamento engato um robalo bem jeitoso. Olho para trás e nada de Zé Pedro. Continuo a lançar e zás.. outro robalinho mais pequeno mas não menos nervoso.


Chega o Zé acompanhado do Cunhado (Xinante Atmosférico), o Sr.Cruz e a Sofia que ficou com o avô a brincar nas piscinas naturais formadas com a maré vaza.. já eu tinha dois peixinhos! A pesca prometia.

Fomos ao pesqueiro do Pedro e nada. Voltamos ao local inicial e ainda engatei mais dois peixes que conseguiram fugir.. peninha.



Resultado final: dois robalos pescados logo de inicio. 

Apesar dor mar “choco” aprendi que às vezes o peixe anda lá.. o que é preciso é insistir, estar no sítio certo e hora certa.

Mensagens finais:
- Tens de vir mais vezes Tiago.. um dia vais engatar o teu tarolo!
- Um abraço para o Sr.Cruz que cumpriu a sua missão de avô atento e esteve todo o tempo a brincar com a Sofia nas piscininhas.
- Um beijinho enorme de Parabéns para a Marianinha que completou 1 aninho de vida! Parabéns aos pais Zé Pedro e Susana que a conceberam. Muitas felicidades para toda a bonita família!

Cumprimentos a todos!