quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Adeus 2016! Olá 2017!

Ficam para a posteridade duas fotos do nosso jantar de Natal com votos de um Feliz 2017 para todos, se possível com muitos e bons peixes, mas sobretudo com Saúde!


sábado, 12 de novembro de 2016

Urubu is back



domingo, 9 de outubro de 2016

Ebro 2016


domingo, 18 de setembro de 2016

Memórias dos Açores - 2016

Vídeos de resumo:



Vídeos de alguns peixes:











terça-feira, 23 de agosto de 2016

Precioso

Há muito tempo que não escrevo uma linha neste blogue. Circunstâncias da vida que nos alteram rotinas e pescas escassas onde as grades abundam, não permitem de facto relatos para memória futura.
Mas o meu dia chegou e como sempre disse, o que é meu à minha mão vem ter e este robalinho de 5kg veio mesmo.


Agradeço a companhia dos compinchas de serviço, Pedro Cruz (meu compadri e amigo de todas as horas), Rui Urubas (famosíssimo Zé Beto, com defesas incríveis de belo efeito) e Ricardo Martinho (equipado à maneira, a preparar-se para ser um operador de camara singular, responsável pelas produções "Murangu Xixi").


Com este precioso robalo consegui quebrar o jejum de meses e a possibilidade de juntar à mesa amigos! Bora lá degustar este peixão juntos? O branquinho já está na geleira! 
Na minha perceção das coisas, a pesca é pura amizade e quem não pensa assim, estou certo que o peixe não tem o mesmo sabor, ou até nem o come!



Abraço.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Há algum tempo guardado... um dia de pesca que podia ter sido memorável... mas que acabou por ser para esquecer...




Melhores dias virão!

domingo, 26 de junho de 2016

Açores 2016 - o "teaser"


domingo, 1 de maio de 2016

ATUNS, VODKA E "TXU-TXU"...


Há muitos anos que o Pedro sonhava com uma pesca aos atuns, não no sistema de "troling", mas à superfície, fazendo spining a partir de um barco. Já uma vez tínhamos feito uma experiência, no Algarve, mais propriamente em Olhão, sem grandes resultados, apesar dele ter pescado um pequeno bonito.  Há algumas semanas falou-me no Delta do Ebro, no Mar Mediterrâneo, entre Barcelona e Valência. Nem foi preciso mostrar-me os vídeos promocionais da empresa Deltagamefishing para me convencer. O sítio era convidativo, relativamente próximo, com voos diretos do Porto pela Ryanair (o que significa voos baratos) e o mês de Abril incluía o feriado da Revolução, o que alargava o fim de semana. Os mesmos argumentos convenceram o Ricardo, que assim avançou pela primeira vez connosco numa aventura extra-muros. Em boa hora o fez, pois revelou-se um excelente companheiro de viagem e de aventuras piscatórias!





O mais interessante nesta jornada foi a inclusão de mais cinco elementos que nem conhecíamos pessoalmente. Há já alguns meses que o Pedro tinha travado conhecimento com um amante da pesca, residente em Moscovo, que simultaneamente é um exímio produtor artesanal de poppers e passeantes. É russo, chama-se Slava, e já esteve, por mais de uma vez, nos mais desejados destinos de pesca do mundo, no que toca a atuns e GT`s. Quando em conversa através da net o Pedro lhe contou que ia até ao Delta do Ebro, logo o Slava perguntou se nos podia fazer companhia. E acabou por não ir sozinho... Com ele foram a companheira, Sveta, um casal amigo, Vadim e Nataly, e o inimitável Igor.
Quando chegamos a Valência, depois de um voo que partiu bem cedo do Porto, já os nossos amigos russos estavam em Riumar, prontos para a primeira saída para o mar num dos barcos da Deltagamefishing. Pela nossa parte tínhamos pela frente uma viagem de duas horas e meia até ao Delta do Ebro; eles ensaiavam os primeiros lançamentos no Mediterrâneo, e com sucesso como veremos.
Chegamos ao nosso destino por volta das 13 horas espanholas e na receção dos apartamentos fomos informados que os nossos companheiros de pesca tinham conseguido apanhar um atum rabilho com cerca de 45 quilos! Foi dito e feito e eis que conhecemos físicamente os nossos amigos. Logo ao primeiro contacto, afastamos a ideia preconcebida de que os russos são reservados e frios. Estes eram o oposto. Sem tempo para ensaiar desculpas, ou aceitarem recusas, convidaram-nos para subir aos seus apartamentos para comer qualquer coisa, já que uma hora depois tínhamos de embarcar para nova saída para o mar (a nossa primeira). Comemos uma espécie de canja muito saborosa, com os ovos cozidos à parte e sem massinhas ou arroz. Havia ainda queijo, fiambre e presunto, além de fruta e pão. Para beber água, sumos e muita vodka! Importa aqui dizer que nos entendíamos em inglês e apesar de muitos deles perceberem alguma coisa da língua de Shakespeare, o elemento fulcral do diálogo era a Sveta, fluente em inglês. Foi um lanche rápido, apropriado para quebrar o gelo do desconhecimento.


ADRENALINA A RODOS

O ancoradouro da Deltagamefishing no rio Ebro fica quase junto à foz. Para nós estava destinado o barco “Robalo” e o guia holandês Martin, há mais de dez anos radicado em Espanha e um amante dedicado das artes da pesca. Os russos seguiam noutra embarcação, também com um holandês como guia, e partiram primeiro. Além do guia e do barco, a empresa cedeu-nos também todo o equipamento de pesca: canas, carretos e amostras. 





Por falar em amostras, o Ricardo levou consigo algumas amostras da Modern Angler e o Pedro tinha alguns dos “pencils” produzidos pelo Slava.


No entanto, o guia avisou-nos logo à partida que os atuns nos últimos dias só atacavam pequenos vinis, com cerca de 5 centímetros, semelhantes às petingas, o que indiciava que a sua dieta atual incluía quase exclusivamente pequenas sardinhas. Por isto mesmo, as canas já preparadas tinham boiões de água e um tenso com cerca de metro e meio finalizado com a tal amostra de petinga.



A tarde estava agradável, com céu encoberto, mas sem vento. Rapidamente chegámos à barra e rapidamente percorremos seis milhas, a distância onde os atuns são mais frequentes. Depois com o motor ao ralenti, e ao sabor da corrente, apuramos a visão para tentar descortinar movimentos à superfície da água ou a deslocação de bandos de aves. A espera não foi longa – os sinais desejados surgiram a algumas centenas de metros e motivaram a primeira descarga de adrenalina, com o barco a disparar a toda velocidade para o local onde diversos atuns afloravam à superfície, enquanto no ar muitas aves voavam num frenesim para mergulharem na água e poderem partilhar da refeição dos atuns. Sem escapatória, muitas pequenas sardinhas terminaram nesse momento a sua curta existência. Quando chegamos a cerca de 30, 40 metros, o barco parou e começamos com os lançamentos. Vimos claramente os boiões e as amostras passarem juntos dos atuns, sem que tivessem despertado a sua atenção.




Estas cenas repetiram-se várias vezes. O dia era excepcional – confidenciou-nos o guia Martin. De facto, pudemos presenciar vários grupos de atuns a alimentarem-se com grande voracidade, mantendo uma estratégia conhecida: nas extremidades da linha de ataque ficam os maiores exemplares, enquanto os mais jovens e pequenos ficam resguardados no meio. Foi-nos por isso possível visualizar atuns com cerca de 80, 90 quilos que nas suas acrobacias mais pareciam autênticos golfinhos!
De todas as vezes fizemos o necessário – colocar as amostras para lá dos cardumes, fazendo-as passar pelo local onde comiam. Sempre sem sucesso…
No outro barco, onde estavam os nossos amigos russos, e que víamos de tempos a tempos, os resultados foram melhores: vários ataques concretizados e dois atuns colocados dentro do barco, para as imprescindíveis fotografias e vídeos, antes de serem devolvidos ao mar. Para que conste os autores das capturas foram o Vadim e o Slava; os atuns pesavam cerca de 45 quilos, um, e 55, o outro.



Apesar desta clara vitória russa, esta jornada de pesca foi para nós de grande satisfação. Não é possível descrever com a intensidade necessária o frenesim que é vislumbrar os atuns em movimento, o arranque do barco a grande velocidade, obrigando-nos a prodígios de equilíbrio, e depois o coração a bater mais forte, enquanto as amostras passam pelo meio dos cardumes de atuns. Adrenalina ao máximo, como documentam as imagens…

CONVÍVIO BEM REGADO

Foram quase seis horas muito bem passadas no Mediterrâneo. Cansados, com fome, mas esperançados em quebrar o enguiço no dia seguinte, regressámos ao apartamento. Depois de um banho retemperador, e quando nos preparávamos para degustar um belo naco de carne, fomos surpreendidos por uma mensagem dos amigos russos – estavam à nossa espera para comermos mexilhões e camarões.
Aceitamos o convite e preparamo-nos para uma curta visita. Puro engano. Ficamos lá até noite alta. Comeu-se bem e bebeu-se melhor. Muita vodka e alguma tequila. Igor foi o mestre de cerimónias. Não se cansou de verter vodka nos nossos copos e até nos ensinou o “segredo” para enganar o álcool – intercalar a bebida com pedaços de várias frutas: melancia, laranja, morangos, tomates… Ele bem o dizia, mas pela sua parte além de beber só pegava nos pedaços de fruta para os cheirar… Este nosso amigo adora fazer estas viagens de pesca, mas no barco faz as vezes de fotógrafo, quando não está a dormir, protegido dos salpicos de água com um balde enfiado na cabeça! Só se levanta quando sai um peixe. Aí não se cansa de tirar várias fotografias com o troféu na sua posse. Para muitos dos seus amigos de Krasnodar, onde vive, é um grande pescador de atuns e outras espécies!


Ao longo da noite ficou no nosso ouvido a expressão “tchu, tchu” usada por Igor para ir vertendo vodka e tequila nos nossos copos. Acompanhada por gestos, queria dizer que era pouquinho de cada vez. Só que foram muitas vezes… Acabamos por resistir bem e não fomos os primeiros a sucumbir!


ATUNS FALHAM ENCONTRO

Deitámo-nos tarde e com receio de que o dia de pesca seguinte fosse prejudicado pelos excessos. Puro engano! Acordamos os três bem dispostos, sem indisposição gástrica, e com fome. Fomos rapidamente à procura de um café e conseguimos tomar um pequeno-almoço convencional, café com leite e pão com manteiga. Ah, e sem vodka…
O dia estava soberbo, com céu limpo e algum vento. Foi por isso que a partida para nova investida sobre os atuns foi marcada para as 12 horas, já que as previsões falavam de vento de leste durante a manhã, o chamado mistral, que condiciona a saída da barra.
À hora marcada as duas equipas estavam prontas. O vento soprava agora de sul com alguma intensidade, como pudemos comprovar durante toda a tarde. O mar tornou-se naturalmente encrespado e dificultou a visualização dos atuns no horizonte. A própria navegação tornou-se mais difícil e cansativa. A expectativa alta que tínhamos do dia anterior rapidamente foi dando lugar ao desânimo. Não vislumbrávamos bandos de aves e só por duas ou três vezes sentimos a adrenalina de partirmos em busca de atuns que tinham aparecido a comer. Muito pouco quando comparado com o dia anterior. Através de comunicações rádio soubemos que o Slava tinha fisgado um bom atum, mas não concretizou a captura porque o peixe tinha-se soltado. Esta ocorrência e a explicação de que o ataque tinha acontecido com uma amostra feita pelo próprio Slava, de cor rosa,fez alterar a estratégia também no nosso barco, com o Pedro a montar uma amostra igual e o Ricardo a experimentar uma das que tinha levado de Portugal. 



O resultado, porém, foi o mesmo, até porque com o passar das horas as condições de mar agravaram-se e os chamados “carneiros” na água impediam-nos de descortinar os atuns.
Desta vez regressamos a terra, russos e portugueses, sem histórias de pesca para contar, o que prova que não há dois dias seguidos de pesca iguais…

ADEUS E ATÉ BREVE

Regressamos a terra já depois dos russos. Aproveitamos para almoçar um bom bife, quando já passava das 18 horas. Tínhamos novo encontro marcado para o hotel em Valência, onde íamos pernoitar.
Depois de uma viagem de quase duas horas e meia, e de um banho retemperador, descemos ao restaurante do hotel para um último convívio com os amigos russos. Foi tempo de partilhar experiências de pesca e de vida. Slava conhece quase todos os bons destinos de pesca do mundo. Tem um barco em Split, na Croácia. Arrasta consigo os amigos – os que adoram pescar e os que não perdem uma aventura.
Foi uma noite agradável, regada a água, que terminou com um jogo de dominó diferente nas regras, mais complexo, que serviu para cimentar a amizade entre todos.



Em aberto ficaram as possibilidades de novas aventuras de pesca em conjunto. Nos Açores, em Split ou de novo no delta do Ebro, lá para Outubro? Com gente desta tudo é possível!

PS – Muitos amigos que costumam seguir este blogue devem estar agora intrigados com o facto de constatarem que nenhum de nós conseguiu pescar qualquer atum. Isto depois de terem visto uma foto em que eu aparecia a segurar um atum de 40 quilos, sentado na proa do barco da Deltagamefishing.
Pois bem, como a verdade prevalece sempre neste blogue, a referida foto é uma manipulação feita com o “Photoshop”. Uma brincadeira, portanto, para os nossos amigos portugueses e também para Igor. Afinal, a minha cara apenas substituiu a dele na fotografia original. Mas a verdade é que nenhum de nós pescou aquele atum, pois não Igor?
Aqui se prova que os portugueses aprendem depressa!




PS2 – Esta crónica tem uma versão em inglês, de forma a que os nossos amigos russos a possam apreciar, depois da necessária tradução da Sveta…

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Tuna, Vodka an "Tchu, Tchu"

For many years, Pedro dreamed of tuna fishing, not the usual "troling" but using surface lures, spining from a boat. Once already we had made an experience in the Algarve, more specifically in Olhão, without great results, though he caught a small “bonito”. A few weeks ago he told me about the Ebro Delta, in the Mediterranean Sea,  between Barcelona and Valencia. It was not necessary to show me the promotional videos of Deltagamefishing company to convince me. The site was inviting, relatively close, with direct flights from Porto by Ryanair (which means cheap flights) and April included the holiday of the Revolution, which extended the weekend. The same arguments convinced Ricardo and he advanced for the first time with us on an extramural adventure. In good time he did, it proved to be a great traveling companion and fishing adventurer!
The most interesting on this journey was the inclusion of five elements that we did not even know personally. A few months ago that Pedro had become acquainted with a fishing lover, resident in Moscow, which simultaneously is a master artisan producer of poppers and walkers. It is Russian, is called Slava, and has been for more than once  in the most desirable world fishing destinations, with regard to tuna and GT`s. When in conversation through the net Peter told him that he was going to the Ebro Delta, just Slava asked if we could do company. And finally do not go alone ... With him were his companion, Sveta, a friend couple, Vadim and Nataly, and the inimitable Igor.
When we got to Valencia, after a flight that departed early from Porto, our Russian friends were already in Riumar, ready for the first exit to the sea in one of the boats Deltagamefishing. For our part we face a trip of two and half hours to the Ebro Delta; they rehearsed the first releases in the Mediterranean, and successfully as we shall see.
We arrived at our destination at about 13 hours Spanish and in the reception of the apartments we were told that our fishing companions had managed to catch a bluefin tuna with about 45 kilos! It was said and done and behold physically met our friends. At the first contact, we move away from the preconceived idea that the Russians are reserved and cold. These were the opposite. No time to rehearse excuses or accept denials, invited us to go up to his apartment to eat anything, since an hour after we had to leave for new outlet to the sea (our first). We ate a kind of very tasty soup with chicken, with eggs cooked to part and no small pasta or rice. There was ham and cheese, and fruit and bread. To drink water, juices and lots of vodka! Important here to say that we understood in English and although many of them realize something of the language of Shakespeare, the key element of the dialogue was Sveta, fluent in English. It was a quick snack, suitable to break the ice of ignorance.

TOO MUCH ADRENALINE…

The boathouse Delta Game Fishing on the Ebro river is almost at the mouth. For us was for the boat "Sea Bass" and the Dutch guide Martin, there are more than ten years living in Spain and a dedicated lover of fishing gear. The Russians followed another vessel, also with a Dutch as a guide, and left first. In addition to the guide and boat, the company also gave us all fishing gear: rods, reels and samples. Speaking of samples, Ricardo took with him some samples and Pedro had some of the "Popers" produced by Slava. However, the guide warned us from the outset that tuna in recent days only attacked small vinyls, with about 5 centimeters, similar to small sardines, which also indicated that their current diet included almost exclusively small sardines. For this reason, already prepared rods had water jars and a tense about meter and a half finished with this sample of sprat.
The evening was pleasant, with overcast but windless. Quickly we reached the bar and quickly traveled six miles, the distance where the tunas are more frequent. Then with the engine idling, and with the flow we found the view to trying to figure moves to the water surface or the movement of flocks. The wait was not long - the desired signals emerged a few hundred meters and led the first rush of adrenaline, with the boat to shoot at full speed to the spot where several tunas outcropping on the surface, while in the air many birds flew in a frenzy dive into the water and can share the meal of tuna. Inescapably, many small sardines ended at that moment in its short existence. When we got to about 30, 40 meters, the boat stopped and started with the releases. We clearly saw the jars and samples go together tunas without they had aroused his attention.
These scenes were repeated several times. The day was exceptional - confided in Martin tab. In fact, we could witness several groups of tuna to feed themselves with great voracity, keeping a known strategy: attack the line ends of the largest specimens are, while the younger and small are sheltered in the middle. We were therefore able to view tunas about 80, 90 kilos that in his stunts looked like authentic dolphins!
Every time we needed - loading samples beyond the shoals, making them pass through the place where they ate. Always without success...
In another boat, where our Russian friends were, and we saw from time to time, the results were better: many realized attacks and two tunas placed inside the boat to the essential photos and videos, before being returned to the sea. For the record the authors of catches were Vadim and Slava; tuna weighing about 45 kg one, and 55 the other.
Despite this clear Russian victory, this fishing day was for us great satisfaction. You can not describe the intensity necessary to the hype that is to glimpse the moving tunas, the boat start at high speed, forcing us to balance wonders, and then the heart to beat faster, as the samples pass through the shoals of tuna. Adrenaline to the maximum, as document images...

LIVING WASHED DOWN

Were nearly six hours passed very well in the Mediterranean. Tired, hungry but hopeful to break the jinx the next day, we returned to the apartment. After a reinvigorating bath, and when we were about to enjoy a beautiful piece of meat, we were surprised by a message from Russian friends - were waiting to eat mussels and shrimp. We accepted the invitation and prepare ourselves for a short visit. Pure mistake. We stayed there until late at night. He ate well and drank better. A lot of vodka and some tequila. Igor was the master of ceremonies. Never tired of pouring vodka in our glasses and even taught us the "secret" to deceive alcohol - Interim drink with pieces of various fruits: watermelon, orange, strawberries, tomatoes... He well said, but for his part beyond drink only took the pieces of fruit to smell... This our friend loves these fishing trips, but in the boat is sometimes photographer, when not sleeping, protected from water splashes with a bucket stuck on his head! Only rises when you leave a fish. There never tires of taking several pictures with the trophy in his possession. For many of his friends from Krasnodar, where he lives, it is a great fisherman of tuna and other species! Throughout the night was in our ear the words "tchu,t chu" used by Igor to go pouring vodka and tequila in our glasses. Accompanied by gestures, meant it was little at a time. But were often ... just for resisting well and we were not the first to succumb!

TUNNY FAIL MEETING

We lay in the afternoon and for fear that the next fishing day was impaired by excess. Pure mistake! We woke up the three well disposed without stomach upset, and hungry. We were quickly looking for a coffee and we can take a conventional breakfast, coffee with milk and bread and butter. Oh, and no vodka...
The day was superb, with clear skies and some wind. That's why the game to new attack on tuna was scheduled for 12 hours, since the forecasts spoke of east wind in the morning, called the mistral, which affects the output of the bar.
At the appointed time the two teams were ready. The wind was blowing south now with some intensity, as we check all afternoon. The sea became choppy and difficult course the display of tunas on the horizon. The navigation itself has become more difficult and tiring. The high expectations that we had from the previous day was quickly giving way to despondency. Not glimpsed flocks of birds and only two or three times we feel the adrenaline leave in search of tuna that had appeared to eat.Very little compared with the previous day. Through radio communications we knew that Slava had hooked a good tuna, but has not made the catch because the fish had come loose. This occurrence and the explanation that the attack had happened with a sample made by Slava himself, pink, did change the strategy also in our boat, with Pedro to assemble an equal sample and Ricardo to experience one of which he had taken from Portugal. The result, however, was the same, because with each passing hour sea conditions worsened and the so-called "sheep" in prevented us uncover water tunas.
This time we return the land, Russian and Portuguese, no fishing stories to tell, which proves that no two days are alike followed fishing...

GOOD-BYE AND SEE YOU SOON

We return the land already after the Russians. We take for lunch a good steak when it was past 18 hours. We had another meeting scheduled for the hotel in Valencia, where we would spend the night.
After a nearly two and a half hour trip, and a reinvigorating bath, we went down to the hotel restaurant for a last contact with the Russian friends. It was time to share fishing experiences and life. Slava knows almost all the good world fishing destinations. It has a boat in Split, Croatia. Brings with him friends - those who love fish and those who don`t lose an adventure.
It was a nice night, watered water, which ended with a different domino game in the rules, more complex, which served to cement the friendship between all.
Open were the possibilities of new fishing adventures together. In the Azores, in Split or again in the Ebro delta, in October? With people like this everything is possible!

PS - Many friends who usually follow this blog should now be intrigued by the fact that they find that none of us got any tuna. This after seeing a picture in which I appeared to hold a tuna 40 kilos, sitting in the bow of the boat Deltagamefishing.
Well, as the truth always prevails in this blog, that photo is a manipulation made with "Photoshop". A joke for our Portuguese friends and for Igor. After all, my face just replaced him in the original photograph. But the truth is that none of us caught one tuna, isn`t it Igor?
Here it`s proof that the Portuguese learn quickly!
PS2 - This chronic has an English version, so that our Russian friends can enjoy, after the necessary translation of Sveta ...

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Camisola amarela

Sou do tempo em que as corridas de bicicletas, e em especial a Volta a Portugal, enchiam as ruas e estradas do nosso país de milhares e milhares de pessoas vibrando com as fugas e vitoriando os seus ídolos. É verdade que nessa altura os três principais clubes tinham as suas equipas de ciclismo e a rivalidade clubística vivia-se em cada reta ou nas curvas mais sinuosas. Lembro-me de esperar pelo pelotão na Avenida Fernão de Magalhães, com o ouvido colado a um rádio, sempre na esperança de que à cabeça viesse um ciclista com as cores azuis e brancas, para correr depois para o estádio e poder, assim, assistir ao sprint final e à consagração do vencedor. A camisola amarela - a mais desejada – era a última a ser envergada na cerimónia do pódium. Depois tudo acabava, até à partida do dia seguinte. Foram dias felizes esses em que o ciclismo chegava até à porta das nossas casas!
Lembrei-me disto quando no último domingo fomos pescar para um dos poucos rios do Norte do país bem conservado e com lotes especiais. Uma pesca há muito desejada, mas que só agora pôde ser concretizada face aos afazeres profissionais do Pedro e do Sérgio e, principalmente, pelo muito trabalho caseiro que as duas gémeas dão ao Sérgio e à Nádia. Dão trabalho a dobrar, mas a Felicidade é também muito grande!





Bom, e a que propósito é que falei de ciclismo e de camisola amarela? A culpa foi do Pedro, que me acusou de ser “o camisola amarela”, por andar sempre na dianteira enquanto subíamos pelas margens do rio. É claro que se tratou de uma acusação injusta, já que é impossível andar sempre na dianteira, embora admita que fiz o possível por liderar o pelotão!!! O que só prova a minha boa capacidade física, apesar dos 62 anos…
Quanto à jornada de pesca é importante referir que o dia se pôs de feição, apesar de alguns aguaceiros fortes. O caudal era forte e a água nas primeiras horas estava bastante turva. Mas os peixes responderam positivamente, dando razão aos conhecedores daquele rio que sustentam que os melhores dias para lá pescar são os de chuva…
No total pescamos 10 trutas, todas devolvidas à água em excelentes condições, até porque o lote em que pescamos está destinado a pesca sem morte. Um dia virá em que todos os lotes serão assim!

Com o título desta crónica quase seria desnecessário dizer que o grande vencedor da jornada fui eu. O camisola amarela! Mas todos fizemos o gosto ao dedo… E por ser verdade, importa acrescentar que fui também o vencedor no número de amostras perdidas…



Continuei a liderar o pelotão no trajeto de volta ao carro pela estrada nacional. Ao todo fizemos uns cinco quilómetros, em convívio e desfrutando de enquadramentos paisagísticos deslumbrantes.


E para que conste, não fui o camisola amarela na hora de comer. Empatamos e nem o foto-finish encontrou um vencedor!




terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Poucos mas bons

Tenho pescado pouco... Muito pouco... Muitíssimo menos do que desejava!
A paixão não desmoreceu nem um bocadinho, bem pelo contrário, mas as vicissitudes da vida assim o ditaram.

As condições climatéricas não têm sido as melhores e, mesmo quando há uma ou outra abébia da mãe Natureza, tem existido sempre algum entrave. Na falta dos meus habituais compinchas nada tem o mesmo sabor! Faz 7 anos em Setembro que começamos a partilhar as nossas aventuras de Pesca. O que começou por ser uma companhia pontual em momentos de lazer, rapidamente se transformou numa enorme Amizade, que extravasa largamente o hobbie. Por isso mesmo, a ausência de perto de 3 anos do King Petas (quase Sr. Dr. João Pontes!), para lutar por um canudo em Faro, apesar do orgulho enorme, traz saudade! A dedicação extrema do Urubu (Rui Monteiro) aos seus filhos, especialmente ao benjamim Dinis Urubuzinho e à luta diária para que recupere a sua saúde, é um exemplo de força e luta, mas sobra pouco tempo para a Pesca! Tem de ser! O Cuco (Sérgio Silva), meu compadre, exemplo de Vida, Médico de profissão e vocação, dos antigos, de livro, de amor pelas pessoas doentes, humilde e trabalhador, já lhe sobrava pouco tempo e agora Pai de mais duas meninas gémeas lindas para juntar à irrequieta Beatriz, quase que nem 4 horinhas tem para dormir... Quanto mais para pescar! O Cotinha (José Cruz), com 2 filhos e agora com 4 netos, mais esposa e sogra de 93 anos, só pesca nas férias e sabe Deus! O Xinante Atmosférico (Tiago Lima) é o único que mantém a média a que nos habituou e acompanha-nos uma vez por ano na Pesca, mas não falha um jantar!

Eu cada vez pesco menos. Por falta de companhia, falta de tempo e, cada vez mais, por causa das minhas costas que não me dão um dia sem dores!
É a vida que não pára... Não pode parar... Há-de irremediavelmente parar, para todos!
As obrigações... A Saúde... A Família... Estão e estarão sempre primeiro.

Resta-nos pois valorizar os momentos, temperados pelo sal do nosso Mar, cada vez mais escassos, em que conseguimos reunir-nos. São poucos, mas bons! E se não forem temperados pelo sal marítimo, que sejam pelo sal da cozinha! Importante é estarmos juntos! Neste blogue estaremos sempre juntos e é essa a sua grande mais valia - é feito por nós e para nós! À medida que os anos passam cada vez gosto mais de o reler, talvez mais até do que escrever novos posts. A fazê-lo, modéstia e à parte, que siga a máxima: "poucos mas bons"! Como os meus Amigos: "poucos mas bons", os melhores! Já os robalos... Bem... Poucos são! Cada vez menos! Bons, alguns... Muito poucos... Raras excepções... Mas é de uma excepção que este post trata. Peixes como este, a passar os 5,5 Kg, são infelizmente cada vez mais escassos.


Estivemos finalmente quase todos juntos. Falta marcada ao Cotinha e Xinante Atmosférico, lá nos fizemos ao mar. Desta vez, na companhia de dois amigos do Sul, com quem tivemos o previlégio de privar durante o dia inteiro - António Gouveia e Sérgio Silva - "dois desgraçados que não pescam nadinha"! Eram, também eles, poucos mas bons! À hora de almoço o Urubu confirmou isso mesmo ao conhecer pela primeira vez o mestre Gouveia (e depois de se colocar lado a lado e de um "scanning" de cima abaixo) exclamou: "É alto"!


Foi um dia muito bem passado, com dois peixes à mistura para mais tarde recordar e, sobretudo, recheado de Amigos! A repetir em breve, assim desejo!




Saúde!