quinta-feira, 21 de julho de 2011

AÇORES DIA 1 – UM ATRASO E... UM GRANDE SUSTO




A aventura piscatória na ilha do Faial começou bem cedo no dia 15. Às 5 horas da manhã o Paulo Peixoto apanhou em S. Mamede de Infesta os restantes quatro aventureiros – o Pedro, o Rui, o João e eu próprio. Arrumadas, com dificuldade, as malas e os tubos das canas, partimos rumo a Lisboa. Só que, já depois de passada a Ponte do Freixo, o Rui deu conta que tinha deixado no carro a carteira com os seus documentos. Saímos na primeira alternativa e voltamos ao ponto de partida. Com este contratempo perdemos cerca de meia hora. Como o horário planeado tinha sido muito à justa, tivemos de acelerar um bom bocado. “Comemos” quilómetros até ao Aeroporto da Portela, mas conseguimos chegar bem a tempo do avião, mesmo tendo de estacionar o carro um pouco longe do Terminal 2.


Pouco passava das 9,00 quando descolámos de Lisboa para uma viagem de duas horas e meia, que decorreu sem problemas, com muito bom tempo. Só à chegada é que as coisas se complicaram... A pista do Faial não é muito comprida e por isso as aterragens têm de iniciar-se mesmo no começo da pista. Desta vez não foi assim e o piloto teve de abortar a aterragem, já depois de ter tocado em terra com o trem. Ganhou altura e guinou de imediato à direita para iniciar nova aproximação à pista, explicando entretanto pela instalação sonora que tivera de abortar a aterragem porque nos momentos finais sentira vento de cauda. O silêncio tinha-se instalado na cabina e os olhares eram inquietos, mas a segunda tentativa foi perfeita e a aterragem decorreu de forma impecável. Para descanso e satisfação de todos – dos que não têm medo de andar de avião e, principalmente, dos outros... A verdade é que não é nada agradável falhar uma tentativa de aterragem...


Com os pés em terra este incidente foi rapidamente esquecido. Esperavam-nos seis dias de pesca e o tempo estava de feição, assim como o mar. Alugado o carro, fomos pousar as malas e vistoriar os quartos, antes de irmos acertar os últimos pormenores para as saídas no barco do “Faial Terra e Mar”. Analisadas as condições de tempo, vento e mar, ficou decidido que iríamos pescar de barco domingo, segunda e terça.


Mas, após o almoço, rumamos de imediato para o Porto Comprido, mesmo junto ao vulcão dos Capelinhos, para uma sessão de pesca ao spinning. A paisagem junto ao vulcão é espectacular, dando a ideia de estarmos na lua, pela desolação provocada pelas cinzas. O contraste com o azul do mar é deslumbrante! Foi neste ambiente que todos nós nos dedicamos à pesca com amostras, excepção feita ao Paulo Peixoto, que preferiu uns bons mergulhos nas águas tépidas do Atlântico. Também eu resisti pouco tempo ao apelo do mar. Depois eu e o Paulo decidimos ir até ao Varadouro e às suas piscinas naturais. No regresso tivemos dificuldade em encontrar os três resistentes da pesca, que tinham mudado de local, à procura de espumeiros mais prometedores. Mas em vão. Nem um só peixe. Ficava tudo adiado para sábado e para outro local – Porto Salão.




3 comentários:

  1. Boas,
    Essa do avião, já tive uma sensação idêntica, em Carácas, quando atrás do avião onde seguia, vinha outro em aterragem de emergência(sem combustível nos depósitos)... foi só mais 1/2h no ar e estávamos a ver que o nosso combustível também ia acabar... Chiça, foi um susto daqueles...

    Grande abraço.
    Zeca Santos.

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  2. Boa sorte para todos!!! Boas férias e boas pescarias também.................Cabé

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  3. Muito boa a descrição, dá para imaginar o cenário!
    E tirando esse contratempos normais de viagem , correu tudo pelo melhor...quanto à pesca, esperamos pelos outros dias!
    abração
    Xinante atmosférico
    P.S.: podiam partilhar algumas fotos da paisagem.:)

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